Em primeiro lugar, somente o fato de ingressar no Colégio Técnico da Unicamp confere ao jovem ingressante uma satisfação, visto que o Cotuca foi, e continua sendo, referência no âmbito da educação pública e de qualidade. A partir dessa satisfação, a responsabilidade do jovem que cursa o Cotuca é maior, pois a imagem social que carrega é de bom aluno. Isso teve um impacto muito positivo em minha vida escolar. Embora trabalhasse meio período, nada me cansava e adorava ir para o Cotuca toda noite. Sentia-me privilegiado por conseguir uma vaga.
Em segundo lugar, a formação técnica que recebi no Cotuca foi a porta de entrada para a área de educação, na qual atuo hoje. Depois de formado, consegui emprego em uma escola de ensino fundamental para trabalhar no laboratório de informática dessa escola. Minha função ia desde dar a manutenção em todos os computadores (motivo pelo qual minha formação técnica foi decisiva em minha seleção) até acompanhar os(as) estudantes que usavam o laboratório com professores(as) para desenvolver atividades pedagógicas. Pouco a pouco, no entanto, fui me aproximando da área educacional e dedicando-me mais ao apoio pedagógico, sem deixar de lado a manutenção dos computadores e da rede da escola. Sem o Cotuca, não teria vivido essa experiência na área de educação, que me levou a cursar Pedagogia e permanecer nessa área até os estudos de pós-graduação. Obrigado Cotuca, obrigado professores, professoras e demais profissionais que trabalham muito para manter o Colégio Técnico da Unicamp!
Ricardo Fernandes Pataro, Eletroeletrônica, Turma 1990. É Professor de Ensino Superior na Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR/Campus de Campo Mourão

Para mim o Cotuca foi um divisor de águas.
Para quem vinha de uma cidade pequena, do interior, como Várzea Paulista, o Cotuca foi um descortinar de novos horizontes e possibilidades.
Primeiro, me mostrou que ser a melhor em Várzea significava ser apenas mediana num ambiente que já selecionava via vestibulinho apenas os melhores entre os melhores. E que eu precisava me esforçar para ser a melhor entre esses melhores – um excelente desafio.
Depois, me mostrou o que o esforço é capaz de conquistar. Quantas coisas pareciam impossíveis para a Cris de 14-15 anos, varando dias/noites/finais de semana no laboratório, e percebendo o sabor da vitória quando as coisas finalmente funcionavam.
Acho que o Cotuca ensinou muito cedo que a escola é um caminho, que a informação oferecida é apenas o fio da meada, e que quanto mais fundo você estiver disposto a ir (investigar, estudar, tentar, perguntar, questionar, refletir, experimentar), mais longe você pode chegar. No Cotuca aprendi que não há limites de onde podemos chegar quando existe um esforço genuíno para buscar caminhos e alternativas.
O Cotuca FOI a minha formação profissional. Na faculdade eu obtive o diploma, mas a profissional que eu sou hoje é 90% reflexo do que eu aprendi no Cotuca (na parte técnica, na parte de comportamento, na parte de persistência, e até no maravilhar-se com as novidades). Eu não tenho NENHUMA dúvida: eu não seria quem eu sou – nem teria chegado onde cheguei hoje – se o Cotuca não tivesse feito parte do meu caminho!
Sou muito grata – e tenho as melhores lembranças – do prédio amarelo na Rua Culto à Ciência, e das pessoas maravilhosas (colegas, veteranos, professores) que conheci lá e que levo comigo para a vida toda!
Cristina Maria Zanini, Processamento de Dados, Turma 1991. Gerente de Programas de Vendas na Apple

O Cotuca foi de extrema importância para meu desenvolvimento profissional
Tecnicamente, o que aprendi durante o Cotuca me ajudou muito tanto na universidade quanto nos meus futuros empregos.
Durante a universidade, eu sempre pude me “apoiar” sobre o que aprendi no Cotuca. O conhecimento prático que obtive no Cotuca me ajudou muito pois ao aprender a teoria (muitas vezes ensinada de forma muito abstrata pelos professores), eu sempre pude fazer ligações com a prática que já conhecia. Tive inúmeros momentos “UAU, é por isso que é assim, então?” durante meus anos de faculdade.
Profissionalmente, principalmente depois de deixar o mundo acadêmico após meu doutorado e 2 anos trabalhando com pesquisador e ir para o mundo da indústria, a experiência prática que obtive no Cotuca foi fundamental para meu sucesso profissional. Trabalhando em Pesquisa e Desenvolvimento na Europa, meu dia-a-dia envolve desenvolver novas soluções ou produtos inovativos. Para isso, um trabalho teórico é necessário, mas também a prática de montar um circuito e de usar equipamentos para testar esse circuito, por exemplo. Essa prática nunca me foi ensinada na UNICAMP, por isso o que aprendi no Cotuca é de fundamental importância para mim.
Por outro lado, outra coisa que me ajudou muito ao cursar o ensino médio profissionalizante no Cotuca (em 1992 quando o ensino médio ainda era junto) foi o formato mais parecido com uma universidade do que com colégios médios tradicionais. Quer dizer, com menos “”paternalismo”” dos professores, colocando para o aluno a responsabilidade sobre o seu aprendizado e seu sucesso. Isso me fez crescer muito como pessoa e me preparou tanto para meus primeiros anos de faculdade (onde via meus colegas vindo de outras escolas/cursinhos tendo dificuldades para se adaptar ao novo sistema) como no meu mestrado e doutorado, pois eu já tinha aprendido a ser “”self driven””, a me motivar e a ter perseverança nos momentos difíceis.
Danilo Zanatta Filho, Eletroeletrônica, Turma 1992. É Senior Communications and System Engineer na digitalSTROM AG (www.digitalstrom.com), em Zurique (Suiça)

O COTUCA foi fundamental! Eu aprendi conteúdos, mas também valores profissionais. Aprendi sobretudo a valorizar e entender a minha futura profissão, além de ter um excelente ensino de segundo grau.
Algo que me marcou também: as aulas de Inglês eram lúdicas, interessantes, divertidas e me inspiraram a continuar estudando a língua, o que também foi relevante para conquistas futuras. Os teatros que fazíamos são inesquecíveis. Lembro até hoje da Professora Silvia e de sua bonita pronúncia.
Os professores eram exemplos de respeito e profissionalismo para mim: a maioria deles.
Só tenho recordações boas e sou muito grata pela oportunidade de ter sido aluna do Cotuca. Creio que me tornou uma profissional diferenciada.
Elenice Valentim Carmona, Enfermagem, Turma 1992. É Enfermeira e Professora Doutora da Faculdade de Enfermagem da UNICAMP

Venho de uma família onde ninguém tinha cursado ensino superior (meu pai e minha mãe estudaram até a 4 série do ensino fundamental). Para meus pais uma pessoa bem sucedida era fazer senai (eles não tinham uma referência), no Cotuca convivi com pessoas com uma condição financeira bem melhor do que a minha e me deparei com um mundo novo cheio de possibilidades, que até então eu não fazia ideia e que eu podia fazer parte dele. A convivência e a qualidade do ensino deram-me a possibilidade de cursar uma universidade pública, terminar meu mestrado e iniciar meu doutorado.
Mauricio Schiezaro, Eletroeletrônica, Turma 1992. É Analista de Desenvolvimento de Software Sênior Venturus – Centro de Inovação Tecnológica.

O COTUCA foi fundamental para a descoberta de minha vocação profissional e para a minha formação básica.
Além disso seus professores sempre foram grandes mestres, sempre próximos aos alunos e sempre muito competentes na sua função. O COTUCA é uma das minhas “casas”, daquelas que sempre terei grande prazer em retornar.
Paula Dornhofer Paro Costa, Eletroeletrônica, Turma 1993. É Professora na Faculdade de Engenharia Elétrica da Unicamp

O Cotuca foi parte essencial de toda minha trajetória profissional. Quando me formei do Cotuca, decidi seguir meu sonho de carreira, que era ser Oceanografia. Pensei que minha formação em processamento de dados não teria muito valor nessa area, e estava profundamente enganada. Um mês apos começar minha faculdade, pude obter uma concorrida vaga no Laboratório de Oceanografia Fisica da FURG, para uma vaga de estagiário remunerada. E muito raro que um aluno de primeiro ano consiga uma posição de trabalho com bolsa, e isso so foi possível graças a minha experiência profissional. Essa bolsa de estudos no meu primeiro ano de faculdade determinou minha trajetória académica e profissional, eu me apaixonei pelo estudo das interações entre a fisico dos oceanos, os organismos marinhos, e sua influencia em nossas vidas. Diariamente eu aplico conhecimentos adquiridos na area técnica no Cotuca em meu trabalho, onde desenvolvo códigos para modelos numéricos que simulam o transporte de plankton (pequenos organismos marinhos), assim como poluentes – como por exemplo, trocar o oleo vazado do Deep Water Horizon no Golfo do Mexico em 2011. Também processo grandes quantidades de dados, fazendo analises estatísticas, criando visualizações, animações e afins. Posso dizer que todo novo conhecimento na area técnica e construído em cima da solida base que ganhei no Cotuca.
Além disso, durante a faculdade e pos-graduacao, sempre percebi como a minha formação no Cotuca ajudou a enfrentar os desafios académicos e profissionais de forma mais madura e produtiva.
Ana Carolina Vaz, Processamento de Dados, Turma 1994. É Pesquisadora da University of Miami (FL, USA)

Além dos conhecimentos específicos em Processamento de Dados (que em alguns momentos me são úteis, inclusive para subsidiar ações na Pesquisa e na Pós-Graduação da Universidade), considero que o COTUCA trouxe uma grande contribuição à minha formação e trajetória profissional e pessoal. Autonomia, respeito, iniciativa, colaboração, determinação e responsabilidade (pessoal e coletiva) são alguns dos valores que a escola prioriza e que são muito importantes para a formação dos jovens. Aliás, desejo que muitos outros jovens tenham a possibilidade de vivenciar essa experiência de formação, e, pelo que tenho acompanhado, a proposta político-pedagógica do Colégio me parece cada vez melhor. Sou muito grata ao COTUCA, aos colegas com quem pude conviver durante meus anos de Ensino Médio/Técnico e, principalmente, aos professores brilhantes que tive – e que sempre me inspiram.
Cristina Satie de Oliveira Pataro, Processamento de Dados, Turma 1994. É Professora de Ensino Superior Universidade Estadual do Paraná – Unespar, Câmpus de Campo Mourão.

O Cotuca marcou uma época de muito aprendizado e muito crescimento pessoal e profissional. Aprendi cedo a lidar com muito trabalho, muitas responsabilidades e gerenciamento de tarefas. Todo este rápido desenvolvimento foi extremamente útil para o meu trajeto na faculdade, pois tudo o que muitos só passam a partir desta época eu já havia passado aos 14 anos. Digo a todos que o meu ensino médio foi muito mais intenso do que a faculdade, e muito dessa “tranquilidade” durante a faculdade é atribuída à sabedoria adquirida no Cotuca. Sou fã do colégio, tenho muito orgulho de ter feito parte de sua história e incentivo as pessoas a estudarem lá também.
Antonio Gomes Neto, Processamento de Dados, Turma 1994. É Médico Dermatologista e atua em clínica médica particular em Campinas

O Cotuca foi fundamental para mim. Sempre digo que foi a melhor fase da minha vida. Mantenho algumas amizades até hoje. Minha melhor amiga, inclusive, conheci ali.
A convivência com as pessoas foi importante para meu amadurecimento emocional e desenvolvimento de habilidades sociais e soluções de conflito. Conviver com pessoas diferentes, de diversos lugares nessa etapa da vida, em que estamos saindo da sombra dos pais é uma experiência muito rica.
A escolha do curso também foi acertada, pois, embora eu não tenha seguido carreira exatamente na área (enfermagem), nunca deixei de me interessar pela área da saúde. Inclusive, todas as minhas escolhas profissionais desde então, foram pautadas por esse interesse. Não à toa fui fazer mestrado em Saúde Pública.
Quando escolhi o que cursar na graduação, a experiência do Cotuca foi fundamental para embasar minha escolha. Sentia que gostava muito da área da saúde, por poder oferecer algum conforto às pessoas que sofriam. Mas, queria oferecer algo diferente de curativos e medicamentos. Queria ouvir essas pessoas, saber de suas vidas, suas histórias. Meu interesse genuíno pelas pessoas me fez buscar a psicologia, mas, sempre estive determinada a atuar como psicóloga na área da Saúde. Acabei fazendo estágio no hospital da PUC, nas áreas de ortopedia e pronto-socorro psiquiátrico.
O curso de enfermagem propicia uma vivência muito importante em nossas vidas, justo no momento da adolescência, quando tendemos a ser egoístas e nos preocuparmos apenas com nossos iguais.
A enfermagem me propiciou um olhar humanizado para as pessoas, para as diferenças. Me possibilitou um grande amadurecimento ao entrar em contato com o sofrimento, com a dor, com a morte.
Assim, passei a valorizar tudo o que tinha (e tenho). A valorizar a vida, as amizades, a família. O curso me fez ser mais humana e respeitar as pessoas, independente de quem sejam, de onde venham.
No Cotuca, aprendi a romper muitos preconceitos.
Ludmila Ramos Carvalho, Enfermagem, Turma 1995. É Professora das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)


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